domingo, 18 de março de 2012

Sunday

Anda logo, vida! Tô aqui de peito aberto. Tô aqui me colocando ao seu dispor. O que é que tá faltando pra você me surpreender? O que é que tá faltando pra você fazer algum sentido?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Cause I'm floating

"Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball"

domingo, 18 de dezembro de 2011

She looks like the real thing...



A janela se abre e pisca insistentemente. É mais uma promessa que jamais se cumprirá. As expectativas não tardam. Começo a fantasiar momentos de felicidade a dois. E eu nunca vi o rosto do futuro grande amor da minha vida.

Trocamos informações. Nos fazemos perguntas protocolares pra preencher o vazio. Nos forçamos a acreditar que as pequenas coisas que temos em comum nos aproximam. Nos agarramos a essa ideia com a certeza de que agora finalmente alguma coisa vai acontecer. Vislumbramos o futuro lindo que temos diante de nós.

Começo logo a imaginar o que os meus amigos vão achar da novidade, como vão reagir à notícia. Penso em todos os preparativos para o grande momento em que eles vão conhecer essa pessoa maravilhosa que nem eu conheço.

Tempo perdido. A noite acaba e o amor também. Perdidas no meu histórico, palavras se misturam numa dança que já não faz sentido algum. Eu acordo para cumprir as minhas tarefas na esperança de que um dia não seja mais apenas uma madrugada insone. É só com essa esperança que eu posso contar.

What have I become, my sweetest friend?




Everyone I know goes away in the air...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Last Friday Night.


A dor de cabeça no dia seguinte, o enjôo, a ressaca moral... Tudo isso vale a pena, se a noite não é pequena.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

What if I say I will never surrender?




Todos sabem que o meu pai é pastor da Igreja Batista. Se não sabem, deveriam saber, já que essa é uma das coisas que eu não faço questão de esconder de ninguém, se é que eu faço questão de esconder alguma coisa.

Sempre tive os preceitos do evangelho como diretrizes. Desde que eu era bem pequeno, enfiaram na minha cabeça que, para ser "salvo", a gente precisa renunciar a todos os nossos desejos. E assim eu cresci, achando que uma vida de sacrifícios era a única opção que eu tinha.

Eu poderia ter aceitado essa condição, poderia ter me conformado e optado por uma vida sem emoção. Ao invés disso, eu decidi ser feliz. Ou pelo menos tentar ser. Foi essa a minha opção, embora eu ainda me sinta perseguido por uma culpa que parece não ter fim.

Conheço muitas pessoas que escolheram por abdicar de suas vidas em prol de um ideal, e é exatamente em virtude de toda a culpa que eu sinto que eu consigo entender esse posicionamento. Respeito as decisões dos outros. Logo, espero que as minhas decisões também sejam respeitadas.

Imagino que seja muito difícil pro meu pai saber que eu não compartilho da mesma fé que ele. Mesmo assim, ele, que é meu pai, não interfere nas minhas decisões. Acho que ele simplesmente percebe o esforço imenso que eu faço pra respeitar o estilo de vida que ele leva e me devolve na mesma moeda. Nada mais justo.

Não sei direito o motivo de eu estar escrevendo essas coisas. Acho que é porque eu já tô cansado de ouvir insultos de pessoas desconhecidas na rua. Acho que é porque eu já tô cansado de receber olhares de reprovação cada vez que eu entro num ônibus e as pessoas, ao examinarem as minhas roupas, já saem tirando conclusões. Acho que é porque eu já tô cansado de receber ligações de pessoas da igreja, "ovelhas" do meu pai, que querem me forçar a "voltar para a casa do Senhor", como se eu precisasse ir à igreja pra ter Deus do meu lado.

Sei que muitos não fazem isso de propósito, que agem inocentemente, como se estivessem me fazendo um grande favor, tamanha a falta de noção dessas pessoas. Afinal de contas, aprenderam que devem "levar a luz aos que vivem nas trevas". Mas será que o anúncio do evangelho deve se sobrepor ao meu direito de fazer outra opção?

Como eu sugeri no último post, perdi um pouco da fé que eu tinha no meu caminho até aqui, mas continuo acreditando que Deus é justo e não quer me ver infeliz por ter feito a escolha errada para a minha vida, por ter preferido não viver.

E, só pra esclarecer, sim, eu ainda acredito em Deus. Não é o mesmo Deus dos meus pais. É o meu.

Acho que seríamos mais felizes se todos se preocupassem menos com o Deus dos outros.


domingo, 11 de dezembro de 2011

Por trás do meu sorriso



O motivo de eu me sentir tão triste é a saudade que eu sinto de quem eu era antes. É por isso que eu choro. Porque eu sei que os meus sonhos se perderam pelo caminho. Porque eu sei que a minha fé ficou em algum lugar, esquecida no meio da bagunça que eu fiz. Porque eu não consigo mais acreditar. É por isso que, por trás desse sorriso, só existe tristeza.